Passagem de Emerson Fittipaldi rendeu 1º título ao país; Senna também brilhou
A possível parceria da Lotus com a petrolífera Petrobras, cujas negociações foram confirmadas na terça-feira (16) pela empresa, liga novamente o país ao nome da equipe de Fórmula 1, que já foi uma das mais tradicionais da categoria.
Após voltar à F-1 em 2010 com um novo dono, o empresário malaio Tony Fernandes, e efetivamente sem nenhuma ligação com a antiga que escuderia que deixou o Mundial em 1994, a Lotus pode receber combustíveis e lubrificantes da estatal brasileira, que esteve na categoria entre 1998 e 2008 como parceira da Williams.
A escuderia fundada pelo inglês Colin Chapman, que estreou na F-1 em 1958, fez história com pilotos brasileiros. Primeiro, Emerson Fittipaldi começou na categoria pilotando um Lotus no GP da Inglaterra de 1970. No mesmo ano, venceu sua primeira corrida na F-1, nos Estados Unidos, com apenas 23 anos.
Em 1972, conquistou o primeiro título brasileiro na F-1 a bordo do Lotus 72, e deixou a escuderia no fim do ano seguinte. Na McLaren, seria bicampeão em 1974.
Fittipaldi ganhou nove dos 79 triunfos da Lotus, sendo o terceiro maior vencedor da equipe - ele está empatado com Ronnie Peterson e atrás de Jim Clark (25) e Mario Andretti (11).
Já nos anos 1980, com a escuderia lutando para voltar a conquistar um título, outro brasileiro brilhou com o então carro preto e dourado da Lotus. Ayrton Senna foi para a equipe na sua segunda temporada na F-1, em 1985, e ficou até 1987.
Nos três anos, se consagrou como grande revelação da categoria e venceu seis vezes, duas em cada temporada. Senna foi quarto colocado em 85 e 86 -ano em que chegou até a sonhar com o título - e terceiro em 87. No ano seguinte, rumou para a McLaren, onde foi campeão logo de cara e conquistou três campeonatos no total.
Com a saída de Senna, outro brasileiro chegou à Lotus em 1988: Nelson Piquet, então campeão mundial. Mas a escuderia não teve chances de brigar com a McLaren e conseguiu apenas três pódios com o brasileiro. As coisas pioraram no ano seguinte: Piquet conquistou somente 12 pontos e foi para a Benetton em 1990.
A Lotus decaiu a partir dessa época e desapareceu definitivamente em 1994.
Moreno
Além de Fittipaldi, Senna e Piquet, Roberto Pupo Moreno também correu na Lotus. Ele substituiu o inglês Nigel Mansell, que estava machucado, nos treinos do GP da Holanda de 1982, mas não conseguiu se classificar para a corrida.